Pingos de ciência

Pesquisadores da Universidade da Flórida mostraram que as plantas podem brotar e crescer com sucesso no solo lunar. O estudo também investigou como as plantas respondem biologicamente ao solo da Lua, também conhecido como regolito lunar, que é radicalmente diferente do solo encontrado na Terra. Este é um primeiro passo para um dia cultivar plantas para alimentação e oxigênio na Lua ou durante missões espaciais. Os cientistas tinham apenas 12 gramas de solo lunar para fazer esse experimento. Este solo foi coletado durante as missões Apollo 11, 12 e 17. Eles encheram cada "pote" com aproximadamente um grama de solo lunar, os cientistas umedeceram o solo com uma solução nutritiva e adicionaram algumas sementes da planta Arabidopsis. Os pesquisadores observaram diferenças entre as plantas cultivadas em solo lunar e o grupo de controle. Por exemplo, algumas das plantas cultivadas nos solos lunares eram menores, cresciam mais lentamente ou eram mais variadas em tamanho do que suas contrapartes. No nível genético, as plantas estavam retirando as ferramentas normalmente usadas para lidar com estressores, como sal e metais ou estresse oxidativo. imagens: NASA/Universidade da Flórida #NASA #regolito #Apollo

Um estudo acaba de questionar, uma hipótese aceita nos últimos 70 anos, de como nosso cérebro aprende. Nosso cérebro é composto de aproximadamente 86 bilhões de neurônios, com cada neurônio se interligando a outros milhares por sinapses. A hipótese aceita atualmente diz que, o aprendizado ocorre aumentando a força das sinapses entre neurônios, quanto mais forte a intensidade melhor o aprendizado. Os novos experimentos desse estudo, indicam que o aprendizado é realizado principalmente em árvores dendríticas neuronais, onde o tronco e os galhos da árvore modificam sua força, ao invés de modificar apenas a força das sinapses, como se pensava. Revelando que o neurônio é muito mais dinâmico e computacionalmente poderoso, do que um mero elemento binário, em que dispara ou não a sinapse. Nos testes, um único neurônio foi capaz de alcançar taxas equivalente a uma rede neural artificial, de reconhecimento de dígitos manuscritos. Este mecanismo de aprendizado simplificado, representa um passo em direção a uma realização biológica plausível de algoritmos de retropropagação, que atualmente são a técnica central em inteligência artificial. A nova demonstração de aprendizado eficiente dentro de neurônios individuais, mostra que são necessárias novas abordagens na pesquisa do cérebro, e a possibilidade da criação de hardwares e softwares mais eficientes, para implementar algoritmos de inteligência artificial mais avançados. #neurônio #inteligência artificial #sinapse

O momento da luz, também conhecido como pressão de radiação da luz, é usado nas velas solares, pinças ópticas e raios tratores. A luz quando passa por um metamaterial de índice de refração quase zero, não se comporta como uma onda em zigue-zague, mas sim como uma linha reta. Dessa forma, muitos dos processos típicos da mecânica quântica desaparecem, incluindo o "recuo atômico" gerado pelo momento da luz - um átomo recua quando emite luz devido ao momento adquirido do fóton. Coisas estranhas acontecem quando o momento da luz é reduzido a zero. No experimento da fenda dupla, o normal seria que, quando a luz passasse por duas fendas paralelas, produzisse duas fontes de ondas que interferissem entre si, formando franjas de difração. No caso do metamaterial, as franjas desaparecem, ficando quase que uniforme a distribuição. imagens: Michaël Lobet/Larissa Vertchenko #metamaterial #ciência #fotônica

Existem cerca de 1200 espécies de morcegos no mundo, sendo 3 espécies de morcegos hematófagos, estando distribuídas entre México, Brasil, Chile e Argentina. A saliva do morcego possuí um anestésico e um anticoagulante. Eles costumam lamber a pele da presa para anestesiar e em seguida morder. Por isso a presa dificilmente sente a mordida. A enzima anticoagulante da saliva esta sendo pesquisada para tratamento de trombose. Os morcegos-vampiros de asas brancas possuem alguns truques para se alimentarem de galinhas domésticas sem assustar as aves. Às vezes, eles se aproximam de uma imitando o som emitido por um pintinho e se infiltram em sua ninhada.

À medida que o clima da Terra continua a aquecer, os pesquisadores preveem que os animais selvagens serão forçados a realocar seus habitats – provavelmente para regiões com grandes populações humanas – aumentando drasticamente o risco de um salto viral para os humanos que pode levar à próxima pandemia. Essa ligação entre mudança climática e transmissão viral é descrita por uma equipe de pesquisa internacional liderada por cientistas da Universidade de Georgetown. Eles dizem que essas mudanças trazem maiores oportunidades para vírus como Ebola ou coronavírus emergirem em novas áreas, tornando-os mais difíceis de rastrear, e mais fácil para os vírus saltarem de uma espécie para os humanos.

Pesquisadores da Mayo Clinic estão usando inteligência artificial para descobrir o que a voz pode revelar sobre a saúde do coração do paciente. Os cientistas utilizaram dados de 108 voluntários, com idade média de 59 anos, que tiveram a voz gravada antes de uma angiografia das coronárias –exame minimamente invasivo que detecta possíveis bloqueios nas artérias do coração. A partir destas gravações, extraíram um biomarcador de voz daquelas pessoas que foram diagnosticadas com doenças coronárias. Testaram o biomarcador na prática. Novos pacientes gravavam um áudio, que era então analisado por um aplicativo de celular. A Inteligência Artificial definia se o indivíduo possuía uma alta ou baixa pontuação para os biomarcadores de voz. Ao final, foi visto que pacientes com alta pontuação tinham maiores chances de ir ao hospital por dores no peito ou problemas coronarianos severos.

Pesquisadores do MIT, desenvolveram uma técnica usando polarização de concentração de íons de dois estágios e eletrodiálise de um estágio. Ou seja, ela repeli partículas eletricamente carregadas, isso inclui sal, bactérias, vírus e outras impurezas, onde são levadas para um segundo compartimento e dispensadas. O dispositivo pesa menos de 10 kg e usa entre 15,6 a 26,6 w h/l, o que pode ser obtido por uma placa solar, ou mesmo um carregador de celular. Ele produz aproximadamente 0,33 l/h e pode ser controlado por um smartphone. Pode-se utilizá-lo em regiões de água salobra e turva, como mangues ou áreas rurais, em desastres naturais e água do mar. Imagens: Junghyo Yoon - MIT

O gerador é um chip ultrafino, que armazena a energia solar como energia química, e depois a libera como calor. O dispositivo foi construído com 572 módulos termoelétricos com filmes de 1 μm de espessura e uma molécula especialmente projetada de carbono, hidrogênio e nitrogênio. Quando é atingida pela luz do sol, a molécula muda de forma em um isômero rico em energia descrito pelos cientistas como uma molécula composta pelos mesmos átomos, mas organizados juntos de uma maneira diferente. O isómero pode então ser armazenado em forma líquida para uso posterior quando necessário. Um catalisador especialmente projetado libera a energia economizada como calor enquanto devolve a molécula à sua forma original, para que possa ser reutilizada no sistema de aquecimento.

A razão pela qual os machos se catapultam é simples: evitar ser comido pela fêmea em um ato de canibalismo sexual. Os poucos machos que os pesquisadores viram que não foram catapultados foram prontamente capturados, mortos e consumidos por suas parceiras. Quando os pesquisadores impediram os machos de catapultar, eles tiveram o mesmo destino. Com câmeras de vídeo de alta resolução, os pesquisadores calcularam uma velocidade média máxima de catapulta de aranhas de cerca de 65 cm/s. As velocidades variaram de cerca de 30 cm/s a quase 90 cm/s. Eles também aceleraram a uma média de cerca de 200 m/s 2 . À medida que voam pelo ar, os machos também giram cerca de 175 vezes por segundo, em média. Os machos conseguem catapultar a essas velocidades dobrando a articulação tíbia-metatarso contra a fêmea. Quando liberada, a pressão hidráulica permite uma rápida expansão. A articulação em questão não possui músculos extensores em aranhas.

Os cientistas realizaram o estranho experimento para entender melhor como os peixinhos dourados navegam nos ambientes terrestres. Na natureza, os peixinhos dourados e muitas outras espécies precisam navegar para encontrar comida ou abrigo para sobreviver. Mas nem sempre está claro como esses animais aprendem a navegar. No estudo, seis peixinhos dourados foram treinados para pilotar. No início, o movimento de cada peixe era errático, eventualmente os peixes começaram a ligar os pontos. Colocaram um quadrado de papelão rosa no chão, longe do veículo. Se o veículo passasse por esse quadrado rosa, o peixe recebia um presente. Depois colocaram obstáculos e alvos falsos na arena, para forçar o peixe a se ajustar às mudanças. Após se acostumar, os peixes mal se incomodaram com os obstáculos. Imagens: Universidade de Negev, Israel

Designers suíços criaram, um superiate de 197 pés, e um dirigível de hélio de 656 pés para transportar a embarcação marítima de luxo para qualquer destino. Como algo saído de um filme de ficção científica retrofuturista, esta embarcação híbrida não só permitiria que os super-ricos navegassem por rios e mares em uma elegante embarcação de três andares que pode abrigar 12 pessoas, mas também transportaria o iate com muito mais facilidade e com muito mais mais aprumo. As comodidades do barco incluem, jacuzzi, piscina, heliporto e garagem para 2 carros. Pode-se abaixar os carros até o chão usando um elevador, sem precisar que o dirigível pouse. A embarcação deverá ser concluída em 2026, mas os interessados já podem fazer uma pré-encomenda.

Este relatório é uma das advertências mais rigorosas já feitas pelo IPCC. A mensagem? O tempo quase acabou. Os modelos sugerem que as emissões globais precisam atingir o pico, o mais tardar, até 2025 e depois diminuir rapidamente para que o mundo tenha 50% de chance de limitar o aquecimento a 1,5°C. As emissões de carbono precisariam cair quase pela metade até 2030 e atingir o 'zero líquido' no início dos anos 2050 para atingir a meta. Dadas as políticas atuais, alguns cientistas estimam que o mundo está a caminho de um aumento de quase 3°C acima dos níveis pré-industriais. Mas o relatório não é inteiramente pessimista. Embora as emissões continuem a aumentar, há sinais de que alguns esforços de mitigação tiveram impacto. O preço das tecnologias de energia renovável, como turbinas eólicas, painéis solares e baterias, está despencando e a economia global está ficando mais limpa. A intensidade energética global – uma medida da quantidade de energia necessária para impulsionar a economia – diminuiu 2% ao ano entre 2010 e 2019, revertendo a tendência da década anterior. Para evitar que as temperaturas ultrapassem significativamente o limite de 1,5 °C, alguns combustíveis fósseis precisarão permanecer no solo. De acordo com modelos que mantêm o aquecimento global apenas um pouco acima desse limite, as emissões de projetos de combustíveis fósseis existentes e planejados já excedem o orçamento de carbono permitido. Para os países atingirem as metas de emissões líquidas zero que estabeleceram, reduzir as emissões não será suficiente – eles também precisarão extrair dióxido de carbono da atmosfera. Isso compensará as emissões residuais de gases de efeito estufa de setores mais difíceis de limpar, como indústria e aviação. As nações podem aumentar a absorção de carbono expandindo as florestas e melhorando as práticas agrícolas, ou por meio de uma variedade de tecnologias nascentes que podem capturar emissões de carbono de fontes industriais ou diretamente da atmosfera. Apesar das preocupações com os custos da mitigação, cumprir as metas climáticas não vai quebrar o banco global: os modelos sugerem que o crescimento econômico global continuará nas próximas décadas, mesmo com ações agressivas para conter as emissões. Embora o produto interno bruto global em meados do século esteja projetado para cair ligeiramente em cenários em que as políticas climáticas foram promulgadas, a maioria das pesquisas sugere que os benefícios econômicos de limitar o aquecimento – incluindo melhoria da saúde e danos climáticos reduzidos – excedem o custo da mitigação. Ainda assim, as nações ricas precisarão contribuir com ajuda financeira para os países de baixa renda, para abordar as desigualdades na vulnerabilidade às mudanças climáticas e acelerar a transição para energia limpa de uma forma que beneficie a todos. As nações que emitiram as menores quantidades de gases de efeito estufa são muitas vezes as mais afetadas pelas mudanças climáticas: os 88 países que compõem os grupos de Países Menos Desenvolvidos e Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento dentro da estrutura climática da ONU são coletivamente responsáveis ​​por menos de 1% das emissões históricas de carbono.

O experimento está em andamento desde abril de 2021 na Flórida, foram liberados cerca de cinco milhões de mosquitos Aedes aegypti modificados. Os machos modificados carregam um gene que é letal para a prole feminina. Se tudo correr conforme o planejado, eles devem acasalar com fêmeas selvagens, e suas proles fêmeas morrerão antes que possam se reproduzir. A prole masculina carregará o gene e o transmitirá para metade de sua progênie. À medida que cada geração acasala, mais fêmeas morrem e a população de Aedes aegypti deve diminuir. Os pesquisadores descobriram que os machos que eclodiram dos ovos normalmente viajavam dentro de uma área de um hectare ao redor da caixa de liberação. A equipe descobriu que o gene letal persistiu na população selvagem por dois a três meses, ou cerca de três gerações de descendentes do mosquito, e depois desapareceu.

A SpinLaunch fundada em 2014, que fica na Califórnia, é uma câmara de vácuo de aço com 91 metros de diâmetro. Uma carga útil presa a um braço interno de fibra de carbono é girada a uma velocidade de 8.000 quilômetros por hora antes de ser liberada e disparada em direção ao espaço. A empresa completou seu primeiro teste público de seu acelerador de massa suborbital em outubro e agora a NASA se inscreveu para experimentar o enorme estilingue centrífuga ainda este ano. Uma alternativa que entra em órbita, com menos de 30% do combustível usado em foguetes convencionais. O mercado-alvo da empresa é o lançamento de pequenos satélites, de forma mais barata e prontamente disponível.

A tecnologia de som não invasiva desenvolvida na Universidade de Michigan decompõe tumores hepáticos em ratos, mata células cancerígenas e estimula o sistema imunológico para evitar uma maior disseminação. Ao destruir entre 50% a 75% do volume do tumor hepático, o sistema imunológico dos ratos foi capaz de eliminar o resto, sem evidência de recorrência ou metástases em mais de 80% dos animais. O tratamento, chamado histotripsia, concentra ondas de ultrassom de forma não invasiva para destruir mecanicamente o tecido alvo com precisão milimétrica. Os pulsos de microssegundos do transdutor geram microbolhas dentro dos tecidos-alvo – bolhas que se expandem e colapsam rapidamente. Esses estresses mecânicos violentos, matam as células cancerígenas e quebram a estrutura do tumor. imagens: Universidade de Michigan

Engenheiros do MIT e do Laboratório Nacional de Energia Renovável projetaram uma célula termofotovoltaica que converte calor em eletricidade com mais de 40% de eficiência – um desempenho que excede a eficiência das turbinas a vapor tradicionais. É um dispositivo sem partes móveis que captura passivamente fótons de alta energia de uma fonte de calor e os converte em eletricidade. O projeto da equipe pode gerar eletricidade a partir de uma fonte de calor entre 1.900 e 2.400 graus Celsius . Os pesquisadores planejam incorporar a célula em uma bateria térmica em escala de grade – um sistema que absorveria o excesso de energia de fontes renováveis, como o sol, e armazenaria essa energia em bancos de grafite quente fortemente isolados. Quando a energia é necessária, como em dias nublados, as células converteriam o calor em eletricidade e despachariam a energia para a rede elétrica. Mais de 90% da eletricidade do mundo vem de fontes de calor, como carvão, gás natural, energia nuclear e energia solar concentrada. Por um século, as turbinas a vapor têm sido o padrão industrial para converter essas fontes de calor em eletricidade. Em média, as turbinas a vapor convertem de forma confiável cerca de 35% de uma fonte de calor em eletricidade. Mas o maquinário depende de partes móveis com temperatura limitada. Fontes de calor acima de 2.000 graus Celsius são muito quentes para turbinas. Uma das vantagens dos conversores de energia de estado sólido é que eles podem operar em temperaturas mais altas com menores custos de manutenção porque não possuem partes móveis. Até o momento, a maioria das células TPV atingiu eficiências em torno de 20%, com o recorde de 32%, em grande parte porque são projetadas para operar em temperaturas mais baixas, o que compromete a eficiência. Na nova célula, os pesquisadores queriam capturar fótons de alta energia de uma fonte de calor de temperatura mais alta para aumentar a eficiência. A célula é fabricada com três regiões principais. A primeira camada captura os fótons de maior energia da fonte de calor e os converte em eletricidade. Fótons de menor energia que passam pela primeira camada também são convertidos em eletricidade. Quaisquer fótons que passam por essa segunda camada são refletidos por um espelho de volta à fonte de calor, em vez de serem desperdiçados. imagens: MIT/Laboratório Nacional de Energia Renovável

Uma start up encubada na Universidade de Oxford , usou uma técnica chamada fusão de projéteis para acelerar o combustível a 200 vezes a velocidade do som. A equipe conta que se inspirou no camarão-pistola, que dispara bolhas contra suas presas juntando suas garras em velocidades tão altas que o movimento cria uma onda de choque que atinge a presa - o disparo é tão rápido que emite um flash de luz brilhante, por um fenômeno conhecido como sonoluminescência. A fusão de projéteis é mais simples, mais eficiente em termos energéticos e mais barata do que as abordagens tradicionais. As abordagens tradicionais tendem a envolver a fusão inercial, na qual uma pequena quantidade de combustível é injetada por um laser e acionada para fazê-lo queimar. Em vez disso, uma grande pistola de gás de hipervelocidade de dois estágios é usada para lançar um projétil de 100g em uma esfera contendo o combustível de fusão, na forma de trítio e deutério. O projétil atinge velocidades vertiginosas de 23.399 km/h antes de atingir o alvo. À medida que o combustível é atingido pelo projétil, ele acelera para mais de 252.000 km/h, ou 200 vezes a velocidade do som, criando um pulso de energia de fusão. Essa energia é absorvida pelo lítio que flui dentro da câmara, aquecendo-a. O líquido que flui, protege a câmara da enorme liberação de energia, evitando alguns dos problemas de engenharia mais difíceis em outras abordagens de fusão. Finalmente, um trocador de calor transfere o calor do lítio para a água, gerando vapor que gira uma turbina e produz eletricidade. Por enquanto a entrada de energia é maior que a saída, mas a empresa não acha que demorará muito para ter uma usina de fusão nuclear funcionando. imagens: First Light Fusion, uma spin-out da Universidade de Oxford

Os astrônomos identificaram um buraco negro em rápido crescimento no universo primitivo que é considerado um "elo perdido" crucial entre as jovens galáxias formadoras de estrelas e os primeiros buracos negros supermassivos. Eles usaram dados do Telescópio Espacial Hubble da NASA para fazer essa descoberta. Até agora, o monstro, apelidado de GNz7q, estava à espreita despercebido em uma das áreas mais bem estudadas do céu noturno. Os dados de arquivo do Hubble ajudaram a equipe a determinar que o GNz7q existia a apenas 750 milhões de anos após o big bang. A equipe obteve evidências de que ele é um buraco negro recém-formado. O Hubble encontrou uma fonte compacta de luz ultravioleta e infravermelha. Isso não pode ser causado pela emissão de galáxias, mas é consistente com a radiação esperada de materiais que estão caindo em um buraco negro. Buracos negros de rápido crescimento em galáxias empoeiradas e formadoras de estrelas são previstos por teorias e simulações de computador, mas não haviam sido observados até agora. A análise sugere que o GNz7q é o primeiro exemplo de um buraco negro em rápido crescimento no núcleo empoeirado de uma galáxia em uma época próxima ao primeiro buraco negro supermassivo conhecido no universo. As propriedades do objeto em todo o espectro eletromagnético estão em excelente acordo com as previsões de simulações teóricas. Um dos mistérios pendentes na astronomia hoje é: como os buracos negros supermassivos, pesando milhões a bilhões de vezes a massa do Sol, se tornaram tão grandes tão rápido? As teorias atuais preveem que os buracos negros supermassivos começam suas vidas nos núcleos envoltos de poeira de galáxias "explosão de estrelas" vigorosamente formadoras de estrelas antes de expelir o gás e a poeira circundantes e emergir como quasares extremamente luminosos. Embora extremamente raras, tanto essas galáxias empoeiradas quanto os quasares luminosos foram detectados no início do universo. A equipe acredita que o GNz7q pode ser um elo perdido entre essas duas classes de objetos. Ele tem exatamente os dois aspectos da galáxia empoeirada e do quasar, onde a luz do quasar mostra a cor avermelhada da poeira. Além disso, o GNz7q carece de várias características que geralmente são observadas em quasares típicos e muito luminosos, (correspondendo à emissão do disco de acreção do buraco negro supermassivo), o que provavelmente explica que o buraco negro central nele, ainda está em uma fase jovem e menos massiva. Essas propriedades combinam perfeitamente com o jovem quasar de fase de transição, que foi previsto em simulações, mas nunca identificado no universo de redshift similarmente alto, como os quasares muito luminosos até agora identificados até um redshift de 7,6. A caracterização completa desses objetos e a investigação de sua evolução e física subjacente com muito mais detalhes será possível com o Telescópio Espacial James Webb.

A letargia que muitos pacientes de Alzheimer experimentam não é causada pela falta de sono, mas pela degeneração de um tipo de neurônio que nos mantém acordados, de acordo com um estudo que também confirma que a proteína tau está por trás dessa neurodegeneração. As descobertas do estudo da Universidade da Califórnia, contradizem a noção comum de que os pacientes de Alzheimer, dormem durante o dia para compensar uma noite ruim de sono, e apontam para possíveis terapias para ajudar esses pacientes a se sentirem mais acordados. Os dados vieram de participantes do estudo que eram pacientes do Centro de Memória e Envelhecimento da Universidade da Califórnia e se ofereceram para ter seu sono monitorado com eletroencefalograma e doar seus cérebros após a morte. Ser capaz de comparar dados de sono com visões microscópicas de seu tecido cerebral post-mortem foi a chave para responder a uma pergunta que os cientistas vêm ponderando há anos. A pesquisa anterior apontava - que em pacientes de Alzheimer que precisam tirar uma soneca o tempo todo, a doença danificou os neurônios que os mantêm acordados. Não é que esses pacientes estejam cansados ​​durante o dia porque não dormiram à noite, é que o sistema em seu cérebro que os manteria acordados se foi. O fenômeno oposto ocorre em pacientes com outras condições neurodegenerativas, como paralisia supranuclear progressiva , que também foram incluídos no estudo. Esses pacientes têm danos nos neurônios que os fazem sentir-se cansados, de modo que não conseguem dormir e ficam privados de sono. A equipe mediu as quantidades de duas proteínas frequentemente associadas ao processo neurodegenerativo – beta amilóide e tau. Qual dos dois está mais envolvido na interrupção do sono tem sido uma questão há muito disputada, com a maioria dos pesquisadores creditando os problemas do sono ao acúmulo de beta-amilóide. Durante o sono, o cérebro elimina a beta-amilóide que se acumula durante o dia. Quando não conseguimos dormir, ela se acumula. Então, como os pacientes com paralisia supranuclear progressiva nunca dormem, esperava-se ver muita proteína em seus cérebros. Mas acontece que eles não têm nenhuma. Essas descobertas confirmam com evidências diretas que a tau é um fator crítico de distúrbios do sono. imagens: Internationale Stichting Alzheimer Onderzoek, Holanda

A inteligência artificial está na vanguarda da tecnologia moderna. Tornar a IA 'emocionalmente inteligente' pode abrir portas para interações homem-máquina mais naturais. Para fazer isso, ele precisa captar o sentimento do usuário durante um diálogo. Sinais fisiológicos podem fornecer uma rota direta para tais sentimentos. Agora, pesquisadores do Japão levam as coisas para o próximo nível com uma IA com capacidades de detecção de sentimentos comparáveis ​​às dos humanos. "Análise de sentimento multimodal" é um grupo de métodos que constituem o padrão-ouro para um sistema de diálogo de IA com detecção de sentimento. Esses métodos podem analisar automaticamente o estado psicológico de uma pessoa a partir de sua fala, tom da voz, expressão facial e postura e são cruciais para sistemas de IA centrados no ser humano. A técnica poderia potencialmente realizar uma IA emocionalmente inteligente com capacidades além do humano, que entende o sentimento do usuário e gera uma resposta de acordo. No entanto, os métodos atuais de estimativa de emoções focam apenas em informações observáveis ​​e não levam em conta as informações contidas em sinais não observáveis, como sinais fisiológicos. Esses sinais são uma potencial mina de ouro de emoções que podem melhorar tremendamente o desempenho da estimativa de sentimento. Em um novo estudo, os sinais fisiológicos foram adicionados à análise multimodal de sentimentos pela primeira vez por pesquisadores do Japão. Os seres humanos são muito bons em esconder seus sentimentos. O estado emocional interno de um usuário nem sempre é refletido com precisão pelo conteúdo do diálogo, mas como é difícil para uma pessoa controlar conscientemente seus sinais biológicos, como frequência cardíaca, pode ser útil usá-los para estimar seu estado emocional. Isso pode resultar em uma IA com recursos de estimativa de sentimentos que estão além dos humanos. A equipe analisou 2.468 diálogos com a IA obtida de 26 participantes para estimar o nível de prazer experimentado pelo usuário durante a conversa. Ao comparar todas as fontes de informação separadas, a informação do sinal biológico provou ser mais eficaz do que a voz e a expressão facial. O desempenho da IA ​​tornou-se comparável ao de um humano.

Os cientistas desenvolveram uma nova técnica para rejuvenescer as células da pele. Essa técnica permitiu que os pesquisadores retrocedessem o relógio biológico celular em cerca de 30 anos de acordo com medidas moleculares. As células parcialmente rejuvenescidas mostraram sinais de se comportarem mais como células jovens em experimentos simulando uma ferida na pele. Esta pesquisa, embora em estágios iniciais, pode eventualmente ter implicações para a medicina regenerativa, especialmente se puder ser replicada em outros tipos de células. O novo método, baseado na técnica vencedora do Prêmio Nobel que os cientistas usam para produzir células-tronco, supera o problema de apagar completamente a identidade celular ao interromper a reprogramação em parte do processo. Isso permitiu que os pesquisadores encontrassem o equilíbrio preciso entre a reprogramação das células, tornando-as biologicamente mais jovens, enquanto ainda eram capazes de recuperar sua função celular especializada. Em 2007, Shinya Yamanaka foi o primeiro cientista a transformar células normais, que têm uma função específica, em células-tronco que têm a capacidade especial de se desenvolver em qualquer tipo de célula. O processo completo de reprogramação de células-tronco leva cerca de 50 dias usando quatro moléculas-chave chamadas fatores Yamanaka. O novo método, chamado 'reprogramação transitória da fase de maturação', expõe as células aos fatores Yamanaka por apenas 13 dias. As alterações relacionadas à idade são removidas e as células perdem temporariamente sua identidade.

Os residentes estonianos podem votar online desde 2005, até o fechamento das urnas, os estonianos podem até votar novamente para anular sua escolha anterior. Graças a um sistema on-line construído em torno de cada residente com uma identificação digital – que usa um único login para acessar todos os serviços do governo e fornece uma assinatura digital juridicamente vinculativa. Tudo, desde a declaração de impostos até o registro do nascimento de uma criança, pode ser feito em poucos minutos do conforto de sua própria casa. Os benefícios dos serviços públicos digitais da Estônia são muitos, começando com a quantidade de dinheiro que economiza o país. Além de se casar ou se divorciar, agora quase não há limite para o que você pode fazer online na Estônia. Você pode registrar seus impostos, solicitar um novo passaporte ou carteira de motorista, decidir onde depositar sua pensão, registrar-se para licença parental e gerenciar receitas. Se você chamar uma ambulância, o paramédico saberá, qualquer histórico médico que precise conhecer e seu tipo sanguíneo. Todos esses dados estão vinculados a um número de identificação único e a um cartão de identificação. Para fazer login em qualquer portal do governo, os estonianos podem escanear sua carteira de identidade ou digitar seu número e um PIN para verificar sua identidade. Um segundo PIN é para assinar documentos eletrônicos. Libertar seu povo do fardo de ter que aparecer fisicamente serve como um modelo potencial para o que você pode ganhar ao se tornar totalmente digital. Uma pesquisa de 2019, classificou a Estônia como o melhor país do mundo para a vida digital. Introduzido em 2014, usando a tecnologia blockchain o e-Residency permite que cidadãos de qualquer país do mundo se registrem para obter uma identidade estoniana, comprando-lhes acesso a todo o seu ecossistema digital e ao mercado único europeu, permitindo-lhes fazer negócios dentro da União Européia. Pensando que atrairia principalmente países fora da União Européia, atraiu muitos ucranianos e britânicos após o Brexit. Mas também atraiu pessoas de países como Alemanha, Itália e França, que acharam a burocracia em seus países de origem muito pesada e demorada ao montar suas empresas.

Se for confirmado por outros experimentos, pode ser a primeira grande brecha no modelo padrão da física de partículas, uma teoria que tem sido espetacularmente bem-sucedida desde que foi introduzida na década de 1970. Os físicos trabalharam por dez anos para extrair uma nova medida crucial dos dados do Tevatron, antigo colisor de partículas já desativado atualmente. A equipe descobriu que o bóson W - uma partícula fundamental que carrega a força nuclear fraca - é significativamente mais pesado do que a teoria prevê. Embora a diferença entre a previsão teórica e o valor experimental seja de apenas 0,09%, ela é significativamente maior que as margens de erro do resultado, que são inferiores a 0,01%. A descoberta também discorda de algumas outras medições da massa. imagens: Fermilab

Os químicos integraram funções de computador em motores baseados em DNA, abrindo um novo campo de possibilidades para robôs moleculares em miniatura. Esses são os primeiros motores baseados em DNA que combinam poder computacional com a capacidade de queimar combustível e se mover em uma direção intencional. Além de fazer com que os motores de DNA realizem cálculos lógicos, também encontrou-se uma maneira de converter essa informação em um sinal de saída simples. Os motores podem sentir informações químicas em seu ambiente, processar essas informações e depois responder de acordo, imitando algumas propriedades básicas das células vivas. Os computadores de DNA anteriores não tinham movimento direcionado embutido. imagens: Selma Piranej, Universidade de Emory

Os pesquisadores, analisaram o tecido pulmonar humano para identificar as novas células, que eles chamam de células secretoras das vias aéreas respiratórias. As células revestem pequenos ramos das vias aéreas, nas profundezas dos pulmões, perto das estruturas dos alvéolos, onde o oxigênio é trocado por dióxido de carbono. Os cientistas mostraram que as células têm propriedades semelhantes às células-tronco, permitindo que elas regenerem outras células essenciais para o funcionamento normal dos alvéolos. Eles também encontraram evidências de que o tabagismo e a doença comum relacionada ao tabagismo chamada doença pulmonar obstrutiva crônica podem interromper as funções regenerativas dessas células - sugerindo que corrigir essa interrupção pode ser uma boa maneira de tratar a doença pulmonar obstrutiva crônica, que causa cerca de 3 milhões de mortes todos os anos no mundo. imagens: Universidade da Pensilvânia